Bombardeios israelenses na cidade síria de Palmira deixaram 71 mortos, afirma ONG
Israel lançou ataques a grupos pró-Irã que atuam na Síria. Dirigentes dos grupos faziam reunião em Palmira no momento do bombardeio. Coluna de fumaça é vista após bombardeio israelense na Síria
O balanço de bombardeios israelenses de quarta-feira (20) contra grupos pró-Irã na cidade de Palmira, centro da Síria, subiu para 71 mortos, segundo uma contagem atualizada da ONG Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH) divulgada nesta quinta (21).
Um ataque atingiu uma reunião de comandantes de grupos pró-Irã com dirigentes do movimento iraquiano Al Nujaba e do Hezbollah libanês, informou a organização não governamental.
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Segundo o OSDH, as vítimas incluem 45 combatentes sírios pró-Irã e 26 estrangeiros, a maioria iraquianos do grupo Al Nujaba, mas também quatro membros do grupo libanês Hezbollah.
Três bombardeios atingiram a cidade moderna próxima das ruínas greco-romanas, um deles contra um depósito de armas perto de uma zona industrial, segundo o OSDH, organização com sede no Reino Unido, mas que dispõe de uma ampla rede de fontes na Síria.
Muitas vítimas morreram na reunião dos grupos pró-Irã, segundo a ONG.
Os bombardeios são "os mais letais contra os grupos pró-Irã na Síria desde o início da guerra" neste país em 2011, declarou à AFP o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman.
Desde 2011, Israel efetuou centenas de ataques direcionados contra o Exército sírio e grupos apoiados por Teerã.
As ações se tornaram mais intensas desde 23 de setembro, quando Israel iniciou uma campanha de bombardeios contra posições do Hezbollah no Líbano, e também na Síria.
A cidade de Palmira, que é parte da lista de patrimônio mundial da Unesco e abriga templos greco-romanos milenares, ficou sob controle dos jihadistas do grupo Estado Islâmico no auge do conflito civil sírio. Os extremistas saquearam a localidade, em uma das maiores catástrofes infligidas ao patrimônio sírio.
Bombardeios israelenses na cidade de Palmira, na Síria, deixaram 71 mortos em 21 de novembro de 2024.
Reuters
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